Questão:
AS safadezas de Monsieur Lulá no Reino Encantado do Pré-Sal: "Delírio Estatista"?
2009-09-01 06:52:29 UTC
Delírio estatista

Editoria de O Globo


A reação inicial do mercado de ações foi muito negativa às mudanças que o governo deseja promover nos marcos regulatórios para exploração de futuros blocos de petróleo na chamada camada de pré-sal.

E não poderia ser diferente, pois essas regras vão impor à Petrobras desafios gerenciais, tecnológicos e financeiros que nenhuma empresa no mundo teria hoje condições de cumprir, isoladamente. Daí suas ações terem caído ontem 4,5%.

Esse novo arcabouço regulatório que o governo Lula pretende estabelecer se distancia do que seria racional, e se aproxima de um delírio, algo somente explicável pela visão ideológica estreita que formuladores de política pública sempre nutriram dentro da atual administração, e não encontravam espaço para pô-las em prática.

Não fosse a pressão legítima dos governadores de estados que seriam mais afetados por esse devaneio, o desastre já teria sido consumado.

Em jantar domingo à noite com os governadores Sérgio Cabral (RJ), José Serra (SP) e Paulo Hartung (ES), o presidente Lula, pelo menos, acabou recuando na idéia de concentrar excessivamente nas mãos da União recursos que poderão resultar da exploração de novas áreas do pré-sal, ficando a decisão final com o Congresso.

Mas não voltou atrás no modelo de partilha da produção, que terá apenas uma companhia operadora, a Petrobras, cuja participação compulsória nos consórcios que poderão se formar será de no mínimo 30%. Tampouco voltou atrás - apesar do entendimento ao contrário dos governos na noite de domingo - no inadequado regime de urgência para a tramitação dos projetos de lei do pacote.

Antes que a nova fronteira de exploração comece a gerar efetivamente riquezas (o primeiro óleo dessas áreas possivelmente só será extraído quase ao fim da próxima década, se tudo correr bem), haverá desembolsos gigantescos que podem na prática prejudicar investimentos da Petrobras fora do pré-sal - daí a reação negativa do mercado, pois surgiram sérias dúvidas sobre como a empresa será capitalizada, se com aumento da participação do Tesouro (sonho da corrente estatizante, que não suporta a ideia de a companhia ter acionistas privados, inclusive estrangeiros) ou com igual proporção do público investidor.

Do ponto de vista financeiro, sempre é possível se fazer uma conta de chegar que supostamente indique saltos na arrecadação com a mudança das regras. Isso só poderá ser atestado na prática.

O preocupante, então, é a motivação dessa mudança, a visão estreita de que a abertura do mercado é prejudicial ao Brasil.

Não foi essa a experiência que o país acumulou desde a substituição do ultrapassado monopólio - que tentam agora restabelecer pela porta dos fundos - por um modelo que criou espaço para a multiplicação dos atores, levando a Petrobras a se tornar uma companhia mais eficiente, face à necessidade de enfrentar a concorrência, além de ter conquistado mais autonomia para negociar com terceiros.

O governo abandona a experiência brasileira suficientemente rica para se aperfeiçoar o modelo em vigor, de concessão, e adota o sistema de partilha de produção, situando o Brasil ao lado de países com regimes políticos autoritários ou pouco democráticos, com estruturas tributárias muitas vezes frágeis e vulneráveis à corrupção.
Seis respostas:
2009-09-01 10:52:25 UTC
Vale ressaltar que, a Petrobrás é a empresa numero um, em conhecimento e exploração de petróleo em águas profundas!!!!!
Sigmund Freud
2009-09-01 09:57:55 UTC
Cara, tú é um b.osta!



Pau mandado dos Tucanalhas, porque não vende sua mãe também?



Se alguém quisesse comprar aposto que venderia a preço de bana, detalhe: por quilo, que a gora banana por dúzia é crime, segundo a nova lei do Cassabix*a (aquele que te com.e e paga o teu salário).



Na boa, pra que sermos civilizados, falarmos bonito com vocês?



Vocês são o esgoto do país, lixoooo!!!!



Corja sem vergonha, adoram ver pobre na miséria...é a mais valia de Marx, né?



Vocês estudam só pra conseguir um diplominha, se dizerem intelectuais e acham que assim, essa "boa imagem" justifica a posição privilegiada e intocável de vocês....



Esgotos..



Vou parar de digitar, se não eu vou gorfar!!!
leocaixaforte
2009-09-01 08:04:44 UTC
Como acreditar na isenção de um jornal que coloca como premissa em seu Editorial de domingo passado a frase "Qualquer que seja a proposta do governo nessa segunda-feira significará um retrocesso".

Me lembrou o velho ditado mexicano "Se é governo eu sou contra".

Por que não discutir a proposta de fundo, que é retirar o pré-sal de uma empresa que é apenas 50% do Estado, o resto divididos entre investidores nacionais e estrangeiros, (Petrobrás), para uma empresa 100% nacional.

O sistema de concessões, que era válido para o tempo que não se sabia se havia petróleo e dividir os risco fazia sentido, não pode ser aplicado numa exploração de quase 100% de sucesso.

Estão tentando colocar a idéia do governo como grande novidade mas é aplicada em vários países com sucesso.

Tentar desviar a atenção da opinião pública para a questão da divisão dos royalties, que é uma questão apenas acessória (é importante apenas para os estados) e não focar na questão principal, que é a criação de uma nova empresa é pura enganação.

Tentar bater na tecla do pouco tempo de discussão também é outra falácia, porque o governo já havia exposto a sua intenção a muito tempo e tanto a sociedade organizada e os parlamentares já discutem a questão, até porque não são nenhuma novidade.

Falam em queda na Bolsa de Valores mas todos sabem que o nosso índice varia de acordo com o mercado internacional, principalmente o de NY, os efeitos das questões internas são mínimos.

Nossa Bolsa varia de acordo com o preço do petróleo e de outras grande commodities, responsabilizar a variação pelo projeto do pré-sal é piada para enganar os desavisados.

A posição do jornal O Globo não tem nada de técnica, é apenas política. A premissa do Editorial de domingo não deixa dúvidas.

Um abraço!!!
2009-09-01 08:11:12 UTC
Agora o debate ficou às claras, aqueles que antes vinham aqui "defender" a Petrobras é só da boca para fora, pois aí está, um dos oposicionistas que mais frequentam o YR política, dizendo com todas as letras que é a favor dos estrangeiros. Agora o povo que decida se quer voltar às mãos dos entreguistas e queimar seu futuro ou mantem o jeito Lula de governar, e distribuir riquezas.
qqcoisa
2009-09-01 07:43:00 UTC
As regras da Lei doi Petróleo de 1997 foram criadas para um cenário onde havia risco para as empresas exploradoras, pois não sabia o que havia na csta brasileira. Agora com o pré-sal, surge um cenaŕio completamente diferente. Para um novo cenário, nada maios óbvio que estabelecer novas regras, mais adequadas a ele
2009-09-01 07:38:04 UTC
"Novas regras para o petróleo são 'virada nacionalista' do Brasil, diz 'NYT' "



O novo marco regulatório para a exploração do petróleo no Brasil, anunciado na segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representa "uma virada nacionalista" para o Brasil, segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário americano The New York Times.



"O governo brasileiro propôs mudanças às leis existentes na segunda-feira para dar o papel principal no desenvolvimento das reservas-chave de petróleo em águas profundas para a gigante estatal da energia, a Petrobras, em detrimento das rivais estrangeiras", observa o diário.



"O novo marco regulatório do país representa uma virada nacionalista para o Brasil", diz a reportagem, que comenta que os campos descobertos nos últimos dois anos podem transformar o Brasil em uma grande potência mundial de energia.



A reportagem comenta que as novas regras, que ainda dependem de aprovação do Congresso, "confinariam as empresas estrangeiras a papéis mais subservientes à Petrobras e a uma nova estatal do petróleo ainda a ser criada".



Já o diário econômico americano The Wall Street Journal destaca que, para cumprir sua promessa de financiar o desenvolvimento do país com os recursos provenientes do petróleo, Lula "terá que ter sucesso onde gerações de governos latino-americanos, do México à Bolívia, falharam: transformar a riqueza de vastos recursos naturais no motor do desenvolvimento".



"O Brasil, com alguns dos maiores estoques do mundo de minério de ferro e prata, tem uma das maiores diferenças entre os ricos e os pobres", diz a reportagem.





___________





Xô demos/tucanos entreguistas!







Um abraço.


Este conteúdo foi postado originalmente no Y! Answers, um site de perguntas e respostas que foi encerrado em 2021.
Loading...